quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Tenho saudades da tua cara

E olhar te nos olhos
E ver tudo
As pestanas
Os olhos, a cor
Da cor da barba
Castanho
Mais claros que os meus

cor-de-laranja acastanhado

De outra tonalidade
E.. tão bonitos

há de ser de uma cor qualquer
nunca sei que cor são
às vezes mudam

Castanho avelã
Castanho raposa
Castanho outono
Castanho terra de vulcão

mas esse castanho é avermelhado
essa é a minha cor, ou devia ser, a cor do verão

São os teus.
Os meus são diferentes
Escuros à volta
Muito iguais

sim
eu conheço-os

Com a luz certa

avelãs escuras
enormes

Podes nem ver a bolinha preta

quase cor de azeitona

Mas se for luz de pôr-do-sol
Ficam mais raposa

a fugir aos meus

Mas sempre meio disfarçada
Um lampejo
Sem manchas
Todos uniformes
Círculo perfeito
Pintado a lápis de cor
Muitas camadas perfeccionistas
Castanho transparente
Castanho tronco velho

eu sei
eu estou a vê los
aqui
à minha frente

Castanho.. pó
Castanho neutro

nao ha cores tão homogéneas
ui
nao me olhes tão perto

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