domingo, 25 de dezembro de 2011

Na Hungria

os concertos começam

e acabam



com o público a cantar.
e é arrepiante.

E há Orbán. <3




[ou pelo menos foi assim naquele dia.]

cá à casa.

[cá à casa, as in aqui ao pé de casa, como diz a minha avó, que sabe mais que todos nós juntos, sabe mais só sabendo escrever o nome, e com um esforço hercúleo, a minha avó sabe mais que todos e diz assim, portanto eu acredito que é assim, cá à casa, até me parece mais bonito.]

O verde impossível que não é só de Inglaterra, água tão azul, lagoa, uma língua de areia que daqui parece estreita e mais azul ao fundo, um azul diferente.
Aqui só se ouvem os badalos das vacas, as cigarras e um pássaro nervoso de vez em quando, os galeirões dominam a lagoa, estendem o seu reino encosta acima rezando por mais chuva, são tão donos do mundo quanto eu no Verão, empoleirada no meu trono, o marco geodésico.

O Alentejo é tantas cores no Inverno. É amarelo de azedas ['daquelas que se trinca a ponta do caule'] e branco. Branco de cal, mais brilhante que o sol quente e reconfortante de Dezembro.
Não há nada mais belo que isto,

Branco caiado e uma barra azul.




Caia-me uma casa. Pequenina.
Mas caia-me uma casa.

[não me desenhes uma ovelha]

Beijarto-nos

Podíamos beijar-nos, que estava mais ou menos certo, podia beijar-te, que fazia todo o sentido, beijares-me já não é bem assim, mas eu posso compreender.
Agora... beijarmo-nos?

Parece-me tão melhor beijarto-nos, alguém mude esta conjugação por favor, porque hão de concordar comigo,
porque o 'mo' parece que é mais para mim e porque o 'to' é para ti, tão para ti. Como tudo o que te quero dar.
Porque é só isso, até o nosso é para ti, tudo para ti, concordem comigo, tinha que ser 'to' aqui. É dar.

Meu. [só quando te chamo 'meu..']


Esconder este texto aqui no meio, nas entrelinhas, nos entretudos, tantos, entrealguns, vá

[para só tu veres]

só para ser uma daquelas coisas que só se vê entre o cinza das pestanas
quando semicerras os olhos com alguma vontade.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Bilhete uma zona - 1,05€

Dos olhares sem paciência no metro na véspera da véspera de Natal.
Casaco castanho, camisola cinzenta.
Sapatos pretos e cachecol, aliança de prata, aliança de oiro [tenho a certeza que não e ouro, é oiro, banhado a oiro] e anel com um brilhante pequenino. Todos no mesmo dedo.
Cabelo estranhamente castanho, mais jovem que tudo o resto, esta senhora, distraída, dizia que sim. Abanava a cabeça sem querer, anuência subtil, mas dizia que sim.

Espero que não, mas suspeito que vou ser uma senhora que diz que não, sem querer, distraída.

Mas isto só se eu alguma vez envelhecer.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Mãos frias de maçã

Está mais frio cá dentro do que lá fora.

Estou literalmente perdida na tradução, desta vez.

Que casa é esta? Mais, que pessoas são estas a entrar e a sentar-se no sofá da minha vida como se tivessem sido convidadas? E este sol, com que moral é que se atreve a aparecer tão veemente?


[Não me en[caixo] no quadrado branco, nem vermelho nem amarelo azul. Acho que pertenço é à risca preta dos quadros do Mondrian.]

domingo, 18 de dezembro de 2011

sem título

acho [espero] já ter deitado as últimas lágrimas aqui em Kecskemét.
fiquei cinzenta de repente, deixem-me sozinha, ficar aqui quietinha a ler nas pálpebras, diferente de dormir, tão diferente de dormir, que com esta ansiedadezinha aqui não vou a lado nenhum que não o labirinto da cama, tenho que me manter quieta porque do meu lado do quarto o chão range. acho que já deitei as últimas lágrimas e mesmo assim.. que vontade. são nervos, é o nervoso miudinho [também nunca entendi esta sucessão de palavras, porquê miudinho, quando era miudinha podia ser tudo menos nervosa, um livro cheio de facilidades à minha frente] que me dá nos braços, nas pernas, nos olhos [acho que tudo se passa nos olhos] e sinto-me a tremer mas não se vê.

eu noto. o meu pai chama-me sempre ansiosa com um olhar reprovador e eu reclamo, refilo, respondo, re... acho que também tenho saudades disso. 'porta bem'.


eu noto que estou ansiosíssima por amanhã. que estou ansiosíssima por me mexer à vontade no quarto, porque se o chão ranger não incomodo ninguém. agora só me apetece usar de novo o teletransporte e chegar a casa. número dezoito sétimo esquerdo. por favor.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Porquê?

Porque é que não se pode dar flores a homens?
Adoro convenções, excepto as que não resultam.

O meu pai gosta de gladíolos.

[Ou serão antúrios? Tinha mesmo quase a certeza que eram antúrios]

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Há pessoas que precisam de um abre-olhos

Eu só precisava de um fecholhos. Sim?

tira um bocadinho para te aperceberes

Que daqui a cinco dias já não vais viver aqui
Que vais voltar à rotina e que ela te vai parecer nova e aliciante
Que vais ter saudades de coisas esquisitas, como o inglês da professora preferida ou o bigode do senhor dos arquivos,
[Se calhar até mais saudades disso do que de algumas das pessoas]
Que não vais viver num quarto para quatro, onde a hora de apagar a luz grande muda conforme o humor e onde aprendeste a 'viver', acordameparairpraaula, alguemqueralgumacoisadarua, ajudasmeafazeracama, alguemviuaminhameia, bomdiabichinho, esperoportiparaalmocar



Que não tens uma 'casa' para cuidar

E que isso
Te custa.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

capacidades.

Das pessoas e do seu medo. Sim, que só pode ser medo, é tudo medo.
As defesas que temos, o orgulho todo que não nos permite aceitar nem a diferença nem a hierarquia, muito menos a crítica. Todos temos isso, todos sofremos dessa patologia que é o orgulho.

Mas.. Isso, na realidade, assim vendo de perto, sem óculos nem filtros, só nos expõe mais. É tão óbvio, tão visível, o orgulho ferido, a inveja pequenina e inconsciente [corrosiva, qual ácido] e a resposta pronta demais, rápida e seca, isso só mostra a própria noção da [in]capacidade.

Portanto não me zango com as pessoas, porque ter noção de si próprias é bom. Só por isso.

Não me zango, só estudo o facto.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Chorar.

Eu choro. É verdade.

Chorei mais vezes que outra pessoa qualquer neste instituto ['neste IGL?'] desde que cá estou.
Chorei por tudo e mais alguma coisa, e o mais giro é que falta uma semana e tenho a certeza que ainda vou chorar outra vez. A última foi ontem, já chorei na aula de solfejo, na de canto, na de piano, quase na de methodology, só não choro nas outras porque, porque sim, porque não, é assim. E já chorei de outras coisas.


Tenho os olhos demasiado grandes para conter seja o que for. Eles dizem tudo por mim. Acho que podia ser muda. Comunicava na mesma.


[E o melhor.. é que a comunicação a sério, apesar de eu gostar de palavras.. é por eles. Por estes globos. Globos cheios. Cheios de palavras?



Assim, sem fechar o parêntesis. Eu é que sei.



[[Isto veio aqui parar porque um professor me fez uma pergunta - did you cry today? - logo antes do concerto final. É realmente óbvio que sou uma chorona.]]

Era, não era?

As casas de banho com os chuveiros são na cave.
Era dia de cerimónia no piso zero e eu vivo no piso um. Só há escadas.

O que vale é que tenho a capacidade de me teletransportar e portanto nem a senhora que ia dar a palestra nem o director do instituto me viram de toalha na cabeça e roupão.

Pois...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Low batt.

plim-plim



E se as pessoas também fizessem um plim-plim quando estão a ficar sem bateria?




Poema dum funcionário cansado.

A noite trocou-me os sonhos e as mãos
dispersou-me os amigos
tenho o coração confundido e a rua é estreita
estreita em cada passo
as casas engolem-nos
sumimo-nos
estou num quarto só num quarto só
com os sonhos trocados
com toda a vida às avessas a arder num quarto só
Sou um funcionário apagado
um funcionário triste
a minha alma não acompanha a minha mão
Débito e Crédito Débito e Crédito
a minha alma não dança com os números
tento escondê-la envergonhado
o chefe apanhou-me com o olho lírico na gaiola do quintal em frente
e debitou-me na minha conta de empregado
Sou um funcionário cansado dum dia exemplar
Por que não me sinto orgulhoso de ter cumprido o meu dever?
Por que me sinto irremediavelmente perdido no meu cansaço
Soletro velhas palavras generosas
Flor rapariga amigo menino
irmão beijo namorada
mãe estrela música
São as palavras cruzadas do meu sonho
palavras soterradas na prisão da minha vida
isto todas as noites do mundo numa só noite comprida
num quarto só


[António Ramos Rosa]
plim-plim
[dêem-me letras destas, por favor. irremediavelmente perdida no meu cansaço, dar o litro, o que será que isto quer dizer? O litro de quê? Adoro expressões, o francês daqui também, anda sempre à procura de mais, de cada língua, de cada país, só nós seis já damos uma enciclopédia disso, cada um e a sua frase feita, chavões, como diz o francês, tique [suspeito que em francês será tic! ah oui ah fou, parce que] mas a mais surreal de todas é não sei quê nasceu com o rabo rodeado de noodles, digam-me que raio é isto, deve soar melhor em francês, quase tudo soa. C'est ça.]



Suspeito que o meu soaria ao Tlim, a campainha de recepção de hotel.


[Divagações de sexta-feira à tarde, dois exames feitos, as três nas aulas e eu aqui. E um telefone que insiste.. plim-plim]




plim-plim.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Tenho saudades da tua cara

E olhar te nos olhos
E ver tudo
As pestanas
Os olhos, a cor
Da cor da barba
Castanho
Mais claros que os meus

cor-de-laranja acastanhado

De outra tonalidade
E.. tão bonitos

há de ser de uma cor qualquer
nunca sei que cor são
às vezes mudam

Castanho avelã
Castanho raposa
Castanho outono
Castanho terra de vulcão

mas esse castanho é avermelhado
essa é a minha cor, ou devia ser, a cor do verão

São os teus.
Os meus são diferentes
Escuros à volta
Muito iguais

sim
eu conheço-os

Com a luz certa

avelãs escuras
enormes

Podes nem ver a bolinha preta

quase cor de azeitona

Mas se for luz de pôr-do-sol
Ficam mais raposa

a fugir aos meus

Mas sempre meio disfarçada
Um lampejo
Sem manchas
Todos uniformes
Círculo perfeito
Pintado a lápis de cor
Muitas camadas perfeccionistas
Castanho transparente
Castanho tronco velho

eu sei
eu estou a vê los
aqui
à minha frente

Castanho.. pó
Castanho neutro

nao ha cores tão homogéneas
ui
nao me olhes tão perto

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

to drink or not to drink

O que não há na Hungria

papel higiénico que não se desfaça
champô da farmácia
mais que um tipo de pantene
esteticista
comida pronta à hora de jantar
leite condensado
peixe
pastéis de nata




O que há na Hungria

música da treta mas com mais amor do que qualquer outra a sair dos quartos
noite à tarde
geada que parece mesmo neve
viver com eles e tudo o que isso implica, de mau e de bom
acordar cedo mais facilmente



uma Laura no banho com medo de não se lembrar.

que me tivesses contado, num postal.

Hoje sonhei contigo.
Estávamos em Lisboa, tinhas chegado da Índia mais uma vez e ficaste um dia.
Começa a meio de um jogo, foste comigo ao futebol, nós, o meu camarote cheio das pessoas conhecidas, 'mete o Cannigia, mete o João Pinto', acho que até era ele que também lá estava, sim, eu fui uma criança que gostava de futebol, [estou a escrever às escuras para não me esquecer, espero conseguir ler] estavas lá também, acabou o jogo e ficámos para o fim, não me lembro que tenhas dito mais nada para além de que o que trazias era frágil, ficámos para o fim, dizia, nós dois e o meu pai, ele com aquela cara meio franzida de 'não vou fazer perguntas' a deixar-nos no primeiro piso, nós vamos a pé, já vou ter a casa, é perto.
Ficou um relógio esquecido no camarote, não sei se ganhámos sequer, reparei, a tua mochila era de metal, nunca vi nada assim, parecia daquelas de som, cheias de fios e coisas importantes, andavas e ela fazia tlim, tentei adivinhar mil vezes, é loiça de certeza, da Índia, que esquisito, é um sonho, não faz mal, é para ela, não sei se me disseste ou se fui eu que deduzi, o guilherme contou-me e diz que tenho ciúmes, não é verdade, como é que pode se estou tão bem, a sério, como nunca, comprei um postal e cada vez que o vejo penso em ti, museum das broken relationships, desta vez devia ser eu a mandar-te o postal, mas isso és tu que fazes, eu só choro e rio quando os recebo, diz 'you are perfect' e depois é tipo uma raspadinha, é suposto descobrires o resto, talvez te diga mais logo, eras mesmo, és, era por isso que andava tonta, apaixonada até aos cabelos, eras e és [acordou tudo aqui no quarto], só que faltava qualquer coisa, que me bloqueava, não sei, o beijo nervoso mesmo a gritar 'adeus, não vai acontecer e não é justo' na gulb, e ela parece tão bonita, se fosses da gulb dizia-te 'parabéns', é isso que fazemos, dizia-te algo que não dava e eu confusa, sem saber lidar a deixar-te longe e cheia de ti e depois, postais e tu.
O resto do postal diz algo como 'just bad timing' não sei se é mesmo, acho que não, deve ser mais bonito e menos cru, e daí não, ias amar o museum, ias ficar com os olhos marejados, perdi a conta às vezes que te notei chorar, dizia, não tenho a certeza porque não raspei, é meu, mas acho que não devia ser eu, não sei porquê isto mas queria contar, o sonho acaba connosco a andar, a falar do joão e ia a contar-te que quero contar ao meu pai.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Porque sim.

Só escrevemos a sério porque há algo que não está bem.

E se fosse só escrever porque.. sim?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

deus.

Já lá vai o tempo em que escrevia deus com letra maiúscula. Aqui há uma freira que invoca o nome d'ele em vão e parece-me
é evidente
que é mais freira e committed [não existes, ó palavra, não existes em português] que muitas outras freiras. Desde a do ta ta, tiri tiri ta até à de Inglês. Bolas, santa mãe.
O boa noite descansada da minha avó foi e continua a ser a coisa mais religiosa que já ouvi na vida. In a good way.

Entre nós e as palavras, há um Cesariny inteiro a gritar, leiam-me, lê-me, melhor que um biscoito no livro da Alice.

you are welcome to elsinore


Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar


[Mário Cesariny de Vasconcelos.]

No outro dia, à noite.

Já não estou a pensar em inglês.
Se calhar é porque já falta pouco.

[There's not much left. Came to my mind first!]

Saudades. Não me venham falar de saudades.

Conheço uma pessoa que pegou no marido e foi dar a volta ao mundo.
Isso é que são saudades.
Não me venham falar de saudades.

De saudades.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

As cores dos dias

Há uns tempos comecei a achar os dias coloridos.

É pena que quase só note quando são cinzentos [gris, tuíra de todo], mas hoje.. parece-me assim anil. Aquela cor que ninguém sabe bem qual é, só deve aparecer naqueles catálogos de tintas com um código com seis e tal números e uma letra e talvez um sustenido, qual cardinal, é nitidamente um sustenido. A minha conclusão disto é que não há cores bemóis.

Um dia cor-de-burro-quando-foge, com música de fundo de Kodály, já ninguém pode ouvir o Háry Janós, ou János, ou lá o que é, e eu continuo a gostar. Faz me sentir outra cor, vermelho forte, sabe-me bem apesar dos sustenidos.

Amigo[s]:

Se não sabes, não faças.
Não tenhas a coragem, a lata, [o desplante] de me aparecer aqui assim, com essa 'segurança' toda, cheio de sabe-se lá o quê, cheio de ti com tal confiança que nem é preciso fazer-te perguntas para te sentir fraquejar, amoleces por ti, diminuis três tamanhos de roupa e puf, cá estamos nós todos de olhos muito abertos e uma falha nos dentes a ouvir, porque afinal não somos tão crescidos assim. Somos umas crianças até, pequeninas no mundinho muito pouco ambicioso e, realmente, sem razões nenhumas para ser confiantes [há muitos anos perguntaram-me - disseram-me - tu tens opinião sobre tudo, é porque confio em mim, se penso sobre as coisas e chego a uma conclusão, acredito nela qb - que é muito] se não acreditares, amigo, ninguém acredita.
E chega a um ponto que pode ser demasiado tarde para crescer.

Tu não me faças isto

Hoje de manhã fiquei

a tremer de nervos.

[Sim, isto acontece-me, deve ser porque é tudo muito.]

E agora fiquei outra vez.