quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Sonhos rem ram rom

O que tu sonhas não é real O que tu sonhas não é real O que tu sonhas não é real O que tu sonhas não é real O que tu sonhas não é real O que tu sonhas não é real O que tu sonhas não é real O que tu sonhas não é real O que tu sonhas não é real O que tu sonhas não é real

Senão não sobrevives ao que vives depois do que sonhaste.

[isto acontece-te demasiadas vezes.]

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

o que estava escrito: why is there no love option?

o que eu li: why is there no love potion?


[edit: meia hora depois:]

o que estava escrito: a oração dos sábios é o silêncio

o que eu li: a oração dos lábios é o silêncio








andas bonita andas.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

'and we both still got room left to grow'

se calhar aperceber-me que sinto
é a [melhor] coisa que pode acontecer

um passinho de cada vez, um saltinho leve de cada vez, uma vontade aqui, um desvario ali, as mãos coladas, os olhares também, aos poucos, para ninguém se assustar, para não nos afugentarmos nós, não vão as

faíscas

já dizia o outro, não vão as faíscas dar cabo desta renda tão intrincada, cosida dia-a-dia
às vezes hora-a-hora

cada vez mais

minuto-a-minuto

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Rotinas

Primeira roleta do dia:

Acertar à primeira qual é a pantufa esquerda e direita ao sair da cama.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

mãos de giz

ficam frias, secas, tudo me escorrega, parece que não as sinto

apago com a mão, é mais rápido do que ir buscar o apagador

apago notas, apago uma perna do bequadro

e eles riem. riem-se muito e querem mais aula. professora não vou ter formação musical posso ficar na sua aula mais um bocado.
eles riem, cantam, riem mais um pouco e parecem gostar do coro. hmmm.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

D'aquelas lágrimas que se espreguiçam para fora dos olhos

Sem razão nenhuma:
Desequilibram-se e ssssssssss

Aí vão elas a serpentear para o lado para que estou inclinada

Porquê?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

clichés.

seguimos. para as frentes.

umas frentes diferentes do habitual, mas as tendências mantêm-se. é bom ver que somos fiéis.

alívios estes, também fiéis.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

psychedelic philosophical

Eu devia era escrever um texto, daqueles corridos. Fazer uma composição como na escola, sempre fui boa nesse género de coisa. Tinha uma tendência para a prosa poética e adorava discurso indirecto livre - pensava eu. Devia escrever um texto, segundo as regras esta mania de começar com verbos não resulta. Quando falo tendo para acabar as frases com verbos, é uma pena, acaba tudo com RRR, faço imenso barulho, perdigotos por todo o lado, um zumbido no meu ouvido a fazer troça de mim, enfim, uma estucha total.

well.. but I didn't.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

'escrevi tanto nesse dia'

por aqui acho que até te posso tagar
ninguém vai aparecer para me puxar os cabelos
não tenho que fugir

posso fazer o que me apetece, sem me bloquear

conto-te três mil coisas
depressa
tu peixe daqui a pouco talvez te lembres que cada dia me sabes mais um pouco

awkward noventa por cento do tempo
e comovida outros trinta

e agora 
dá-me a sensação
que um bocadinho mais feliz

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

perfumes

a palavra mais bonita é sempre a melhor
perfume em vez de cheiro

mil vezes perfume em vez de odor, por favor

escolher sempre a palavra mais bonita, devo mesmo encaixar na coisa dos sentidos
só que tenho este extra, da beleza de cada letra interposta entre outras funcionar melhor

ou pior

quando funciona pior ficas logo a saber
algo em mim estrebucha

que palavra péssima, esta estrebucha

mas é mesmo isso
algo em mim que se contorce, resmunga, amua, faz beicinho, e pior que tudo

morde



anyway, era perfumes

só a constatação do facto de já não encharcar aspergir! o lenço com eles
as coisas continuam a cheirar a mim

'cheira a lavado da minha casa' disseste tu uma vez de cabeça dentro da mochila

já não encharco de ck o lenço, este de hoje cheira não sei bem a quê
acho que não cheira a ti, alby
mas devia, é teu
já deve cheirar a um mix estranho de sentidos

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Se eu escrever de cada vez que me comovo nesta casa

Acho que nem as palavras nem os acordes chegam.

Tu, os teus, e eu grata.

E se fosse tudo uma questão de apetites?

Não me apetece ir dar aulas amanhã, mas que novidade, é sempre assim, nunca me apetece, chego lá e a primeira turma apetece-me, a segunda já não me apetece, volto com um apetite voraz, e depois já não me apetece nada.

Uma não-aptidão. Uma apetitidão.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

reminiscências

hoje acordei cheia de calor, enroscada em ti num emaranhado de sacos cama e colchões
forrei-me de roupa até caber na mala
saí para o gelo e para aquela chuva miúda que me encharcou o cabelo
eram quinze minutos, não eram vinte afinal
acordei num país estranho que me sabe a casa
voltei a acordar algures a sobrevoar já este, o tal da casa mesmo
cheguei, tirei quatro camadas, vesti uma saia
armei-me em estrangeira, saí sem cachecol
ando de tshirt pela casa
a fingir-me ocupada e com calor
até que, já toda arrepiada

o quente que me falta parece que é cá dentro.