terça-feira, 29 de abril de 2014

à noite, ao frio, de luvas apesar de hoje até ter estado sol.

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não faças perguntas difíceis se não queres ouvir respostas difusas, dadas de costas. médio.

domingo, 27 de abril de 2014

sem título.

vai fazer três anos, em paris, vivi uma tarde ao sol, a ver dançar tango. um rádio no chão, pouca amplificação, mas chegava bem para aquela dezena de pares. não me esqueço da senhora vestida de amarelo da cabeça aos pés, com um cabelo demasiado comprido para a idade, sim, porque isso existe, quer se queira ou não, e um daqueles elásticos feios grossos espumosos a prendê-lo. amarelo, como o resto.
os homens que dançavam melhor eram mais velhos. os novos não arranjavam par, as raparigas de sapatos vermelhos preferiam dançar com homens mais velhos. passava ali uma vida, sem pestanejar. estávamos ao lado do pompidou, e por uma vez, a arte moderna estava cá do lado de fora.

porque é que isto me comove tanto? porque nessa tarde sonhei em viver ali, naquela espontaneidade e quis aprender tango para o dançar com o meu amor da barba ruiva. e agora passaram três anos, andei a brincar às casinhas com homónimos entretanto, estou sentada num sofá ruivo, no país errado e sozinha. se calhar é por isso.

sábado, 26 de abril de 2014

chuva miudinha

e um rush de adrenalina

impulsos.

escrevesse eu coisas bonitas

textos todos bem alinhados
certos
com as frases todas direitinhas a conjugar-se para culminar num final desentendido
e o meu blog era tão normal
eu se calhar até ia gostar de o ler
não fosse ele meu

mas não. d-escrevo. prefiro certeiros a certos, por mais que a exactidão difusa das palavras me continue a seduzir. a assertividade, a certidão. a rectidão do ser. il faut être voyant..
prefiro-me-te assim, hirquitalliency.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

[não] deixaste a luz do quarto acesa

o 'se me conhecesses' allover again
[porquê eu sempre em busca do se me conhecesses porquê até parece que não chega já]
se me conhecesses percebias
que hoje me vim embora porque me doías

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Somos o tipo de pessoa

Que pede sempre os mesmos dois sabores de gelado

Andamos à procura do mesmo
Sempre do mesmo
Que não é o outro
É tudo sempre sempre o mesmo

Amanhã vêm os meus pais. Vou levá-los lá e.. sei lá. Dar-me ao luxo de escolher outros dois sabores de gelado.

Mais um pontinho hoje.

Os amores acabam com pontos finais.
A questão está quando os pontos finais são tantos que se juntam em reticências..

quarta-feira, 16 de abril de 2014

sábado, 12 de abril de 2014

quarta-feira, 9 de abril de 2014

se um dia morrer de forma inesperada, tenta fazer com que fiques com alguns dos meus escritos.

sim. prometo. com -me.
comprometo-me.

[e os meus? quem quero que mos tenha?

samica?
no fundo, ninguém.

estas coisas de escolher nunca funcionam muito bem para mim, afinal.]