quarta-feira, 22 de maio de 2013

Olhá laranja..

Hoje acordei e não consegui decidir se me sentia doente. Ou por outra, doente de quê: se da laringe, faringe e outras inges fundidas e acesas de águas, se das ideias dolentes, dolorosas, e insuportavelmente datadas que se me assomaram à janela

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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Amargos de boca

Dos literais, nem vou fazer para os adoçar, para ver se [me] entendo melhor
Hoje quero ser sozinha
Tal como viste tu o fel que existe nas pessoas, hoje vi eu o bom, o simples, directo fácil certo
Não saio do dia de alma cheia
Divago confusa
Se é que o que salvou o ontem não matou o hoje e os amanhãs próximos
Numa espiral crescente
Se não foi isto foi algo parecido, igualmente catchy
Dito por ti, que nem sequer precisas, e que nem sequer queres, uma pontinha de orgulho a furar a manta de tantos passados oblíquos?
Tu não serias implacável com a tua amiga
Podes ser amiga de ti própria desta vez
É o momento para as palmadinhas nas costas
Não, não quero, não sei brincar a isso, e por mais que a autocomiseração seja um mal, lágrimas correntes subtis, deve ser do sono, deve ser da posição, ai isto da gravidade é um problema, suster a respiração porque aí vem mais uma mão toda músculos a pegar de frente as minhas tensões e a puxá-las de mim para fora. Pois bem,não foram. Ó pra elas.

hoje durmo vestida de mim

eu não estou triste, atenção
não estou nada disso
esta dor no fundo das costas e no alto do pescoço não é tristeza, nem melancolia, nem medo, nem nada
não é de todo o meu eu racional a entrar em pânico
isto que me inunda os olhos

a minha é boa, a tua não sei

mas eu não estou nada disso hoje
tudo menos isso.

deus me livre
de estar seja o quê por seja o que for
considerando que

finalmente aconteci.
finalmente aconteci
finalmente aconteci
escrevi de novo
não fiz copypaste
tendo em conta
que finalmente aconteci

[repete, só mais uma vez. repete e crê, agora. doa como doer.]

domingo, 12 de maio de 2013

Dará para escrever de olhos fechados?


Quando os fecho, tu. Abro-os de novo, nada. A luz, igual. O quarto, igual. Nada de ti a não ser os perfumes, a misturar-se com os meus. Perto, colado, junto, confortavelmente quente e quando fecho os olhos, tu que chegue para me inebriar.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Logo te vem dar, te vem dar, te vem dar, logo te vem dar.

O que escrever quando o tudo de hoje já foi escrito?
Que nunca o que vimos se torne o que somos, que a visão se foque como hoje as vezes que forem dolorosamente necessárias para nos tornarmos nós. no que queremos ser.