terça-feira, 29 de janeiro de 2013

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

domingo, 20 de janeiro de 2013

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

a partir de amanhã

vou atrasar-me em fm
vou cantar de novo em público
vou provavelmente chegar atrasada a uma ou muitas coisas
vou
vou
vou
vou


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

tudo o que alguém poderia pesquisar e vir aqui parar

a  primeira vez que escrevi sobre jogos
tua  fruta favorita
mão  dormente de tanto compor
na  quinta mais bonita de quando era pequenina
minha  saia roxa esvoaçante
perna  de peru no forno com batatas
a  idade certa para aprender a ler
minha  saia desta vez não roxa, mas ainda e sempre esvoaçante
mão  de escova, escova de mão
na  colina de lisboa, a miradourar
tua  incapacidade de observar seja o que for
mão , dobrada, feijoada, cozido, pataniscas
a  lírica camoniana, na voz de um professor imberbe
tua  querida mãe, o carro e a casa
cintura  larga, como diz o matta
colada  com aquela cola branca que usavas em evt
a  subtileza de poder escrever o que bem lhe aprouver
mim  etismos
eu  dava-te os parabéns, mas I-wish-I-could-but-I-don't-want-to
a  chavená cheia, o copo vazio
fingir  que já contaste até 50, mas sei perfeitamente que não
não , foi o que ele disse
perceber  se no final da semana sobra gota para voar
eu  e aquela tal música do dormir com quem se quer e apetece
a  tangerina de hora a hora
não  fales no plural se fazes o favor
querer  e crer são conceitos diferenciáveis
perceber  o mecanismo de um secador
nós  e os outros, era o título de uma coisa qualquer do género
desentendidos  os favores de uma irmã caridosa
colados  com cuspo, esses atacadores
menos  relógio panela ovo
fugidios  como se fosse assim do tsipo
agora  é que já joga o benfica
o  ó de ódio é menos tónico que o de tónico
néon  amarelo gritando cabeleireiro laurilea
na  cesta de verga habita um ser
minha  saaaanta mããããeeee
cabeça  oca, é o que se vê, cá se vai andando
cada  qual no seu galho, ou era quadrado, ou elipse
vez  três mil novecentos e quarenta e cinco, seis mil contos
maior  adereço não poderia haver

errado , poderia eventualmente ser

sábado, 5 de janeiro de 2013

m'aflição. vou ignorar os avisos todos por agora. bam pam pambas. todos os avisos ignorados até fazer uma mancha de tamanho decente. manchas de tamanho decente nas folhas é [] até parecer uma tampa. uma rolha. um testo. Testo. uma tampa para uma sensação contida e constrangida [comecei a antepenúltima palavra e automaticamente escrevi 'contigo'] ter sensações contigo deve ser interessante, se essas pudessem de uma maneira ou de outra existir. mas tornas tudo difícil. mais difícil do que se calhar vale a pena. I guess I dream too much. uma frase assim, uma fonte a bold, e um filtro sépia. retratos a sépia, como aquele livro que acabei por nunca acabar, por mais anticenas que isso possa parecer. as coisas voltam, as pessoas não. voltam bocadinhos delas, disfarçados de tampas de um furinho anterior. bocadinhos de pessoas a tapar as faltas que um alguém [quem? quems e gatos, chovem quems e gatos] deixou por preencher/roubou o conteúdo. é bastante fácil roubarem-me o conteúdo. impressionei alguém que não me interessa para nada, e aqueles que me conhecem a ponto de me salvarem os furinhos não são capazes de me ler. para que é que serve, então? se é só mais uma impotência do ego, mais um real assento para a minha grande eloquênciócoisa, não é real. se não é real, não existe, se não existe não serve, quem quero eu enganar com a minha própria prepotência? li sobre hipocrisia um dia destes, serviu-me de muito, está-se bem a ver. amanhã enfio-me no carro, resmungo sobre o preço do gasóleo, faço a minha viagem solitária sempre a acelerar, a ver se ainda lá chego antes do hotel babilónia chegar a um terço, na perspectiva egosentida [tá certo, porra] de me sentar à frente de uma tarde turma e ter algo para dizer. o que é que eu sei, afinal? tenho um objectivo que morre se me portar mal num dia, e depois com o que é que fico? sem nenhum. e passo a ser aquilo que destruo com críticas. e se eu ficar assim depois? sem ponta de minúsculas para escrever, porque me esvaziei do conteúdo todo. porque mo roubaram em parte, afinal de contas eu dou-o a quem me aparecer, sugam-me e eu ralada nem pouco me importando com o sentido. a palavra. e porque, noutra parte, ele o conteúdo se me esvaiu pelos furinhos, porque não surgiu nenhum bocadinho de pessoa para mos tapar a todos. é difícil assim. quando nem tu me deixas, nem eu te acudo, nem os furinhos se acoplam de uma maneira funcional. 'porra, plaquetas, funcionem! façam o vosso trabalho!' uma maneira mais ou menos coloquial de pôr a coisa. chama-lhe plaquetas.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013