[cá à casa, as in aqui ao pé de casa, como diz a minha avó, que sabe mais que todos nós juntos, sabe mais só sabendo escrever o nome, e com um esforço hercúleo, a minha avó sabe mais que todos e diz assim, portanto eu acredito que é assim, cá à casa, até me parece mais bonito.]
O verde impossível que não é só de Inglaterra, água tão azul, lagoa, uma língua de areia que daqui parece estreita e mais azul ao fundo, um azul diferente.
Aqui só se ouvem os badalos das vacas, as cigarras e um pássaro nervoso de vez em quando, os galeirões dominam a lagoa, estendem o seu reino encosta acima rezando por mais chuva, são tão donos do mundo quanto eu no Verão, empoleirada no meu trono, o marco geodésico.
O Alentejo é tantas cores no Inverno. É amarelo de azedas ['daquelas que se trinca a ponta do caule'] e branco. Branco de cal, mais brilhante que o sol quente e reconfortante de Dezembro.
Não há nada mais belo que isto,
Branco caiado e uma barra azul.
Caia-me uma casa. Pequenina.
Mas caia-me uma casa.
[não me desenhes uma ovelha]
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