domingo, 18 de dezembro de 2011

sem título

acho [espero] já ter deitado as últimas lágrimas aqui em Kecskemét.
fiquei cinzenta de repente, deixem-me sozinha, ficar aqui quietinha a ler nas pálpebras, diferente de dormir, tão diferente de dormir, que com esta ansiedadezinha aqui não vou a lado nenhum que não o labirinto da cama, tenho que me manter quieta porque do meu lado do quarto o chão range. acho que já deitei as últimas lágrimas e mesmo assim.. que vontade. são nervos, é o nervoso miudinho [também nunca entendi esta sucessão de palavras, porquê miudinho, quando era miudinha podia ser tudo menos nervosa, um livro cheio de facilidades à minha frente] que me dá nos braços, nas pernas, nos olhos [acho que tudo se passa nos olhos] e sinto-me a tremer mas não se vê.

eu noto. o meu pai chama-me sempre ansiosa com um olhar reprovador e eu reclamo, refilo, respondo, re... acho que também tenho saudades disso. 'porta bem'.


eu noto que estou ansiosíssima por amanhã. que estou ansiosíssima por me mexer à vontade no quarto, porque se o chão ranger não incomodo ninguém. agora só me apetece usar de novo o teletransporte e chegar a casa. número dezoito sétimo esquerdo. por favor.

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