o meu relatório erasmus não quer ser preenchido, assim o resto da bolsa não vem, eu quero lá saber, é só mais uma burocracia igual às outras todas, estou por aqui com palavras-chave com letras e números encafuados no mesmo espaço como se pertencessem ao mesmo alfabeto. não pertencem. é como eu e a minha querida rotina, caracteres antitéticos.
as minhas ideias não correspondem ao que sai, ontem na aula perdi a minha pouca eloquência, quem me achou eloquente já me deve ter perdido o rasto há anos, perdi a eloquência toda com medo não sei de quê, a insegurança toda de me deparar com o degrau acima, com o escadote todo acima, ainda por cima tudo certo, só as minhas ideias parecem zarpar mais rápido que as competências/capacidades/o raio que chamamos agora que usamos palavras caras, estruturas, orientações, desenvolvimento. é simples, para quê fingirmo-nos, toda uma erudição falhada no mais básico dos conceitos/conteúdos/estratégias.
o orgulho confiante que me assola noutros campos é completamente arrombado por isto[s], a fluidez da semana escorre e depois só pinga, pinga, pinga, eu não consigo viver aos pingos, aos borrões, podia tentar a parte azul da borracha mas tenho a cortante sensação que não vai adiantar.
são novelos. novelos de lã macia. mas com farpas de tétano.
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