sábado, 18 de fevereiro de 2012

10 Fev, 19h - são sete da tarde e está-se tudo a passar

Escrevória fotográfica


Quem me dera. Assim mostrava-vos a figura alta, eleganta que descia as escadas reais ao lado do seu parceiro. Esperava de tantos em tantos degraus e olhava inquiridor, porque não vens mais depressa?
Todos lhe sorriam, os que iam e vinham na escada rolante [uma vez escreveste tão bem sobre isto, sobre conhecer e ainda assim sentir o fosso, esta história é sobre o contrário, não conhecer e sentir tão perto, um sorriso com os olhos é mais effective que trinta com os dentes, a amizade não se regula pela quantidade de vezes que vemos as gengivas de cada qual, dizia, esta é sobre o contrário, que se escrevesse a nossa e tudo o que lhe vai na alma, a essa personagem que éramos nós como uma, doía demais] De tantos em tantos degraus o cão alto e elegante, branco e preto manchado desorganizado, sorria com os olhos só ao seu dono, o seu parceiro.

A miúda atrás dele, de cachecol vermelho e a ouvir madrigais com o volume no máximo era eu.

pargoletti amori nos ouvidos

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