Seis e pouco.
Novos, estilosos, cheios de pinta. Via-se que estavam juntos apesar da parede de vidro/acrílico/papel transparente no meio deles, apertados num daqueles lugares aos trios de frente uns para os outros, nos meios dos metros.
Ela suspirava de vez em quando [a minha mãe chamar-lhe-ia 'impava'], ele fingia não reagir mas mudava o olhar quando sentia a onda. Onda de choque, suspirava com força.
Passado um pouco, o filme mudo. Ela desabafava, ele anuía, ela suspirava de novo e abria muito os olhos a fitar o tecto.
Ele limpava as lágrimas dela com o dedo desajeitado e não arredava pé dali.
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