não são só as camisolas berrantes, muito menos as papoilas saltitantes que nunca me pareceram uma boa analogia.
foi só já ter estado naquele mesmo lugar [já nem sabia que tem uma plaquinha com o meu nome] com todos os estados de espírito possíveis, distraída, concentrada no campo, cheia de vontade que acabasse, a vibrar com o sentimento uno de um espaço tão grande tão cheio, com vontade do intervalo, já aborrecida só de pensar na televisão ligada na tvi nesse mesmo intervalo, a saber decor os jogadores, a discutir bola com os senhores da fila de trás [que ainda me tratam por 'menina'], ooolha quem cá está, cheia de vergonha de toda a gente, menina pequenina a querer esconder-se atrás do pai, com um date ao lado, com um possível date ao lado, com os meus irmãos, pais, amigos, cheia de queijo e presunto e coisas boas do museu do pão, cheia de nestea manga-ananás, de mãos dadas a rezar por mais um golo, tão cheia de frio e de chuva que só me apetecia correr dali, a fazer segundas vozes das cantigas dos NN, a analisar cada 'modulação', a gritar tímida os primeiros palavrões à frente do pai, é bola, pode-se, de saltos, de cachecol eu amo o benfica, orgulhosa do título fundador, embasbacada com a magnitude de um estádio cheio, a gritar de raiva, está fora de jogo, oh idiota.
hoje ganhámos, e eu estive lá outra vez para ver.
que emoções tão boas. tão primárias. e tão, tão boas.
eu gosto de ir à bola. 'ir à bola' assim mesmo.
sempre me aproximou do meu pai. hoje, aproximou-me de ti. de botas, calças de ganga, polar, cerveja na mão, a gritar impropérios e a cantar os hinos.
gosto disso :)
ResponderEliminar(pronto há sempre aquele eterno pormenor em que nunca vamos acertar) mas gosto assim!
gosto muito muito. 3ª feira vou lá estar, e já estou em pulgas :)
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