Sentada na Bertrand do CCB, cheia de vontade[s] de escrever sobre o rapaz de colete laranja e preto, em qualquer outro provavelmente ficaria mal, em ti é diferente, despercebido, como é que fazes com que laranja seja imperceptível, inaudível, inodoro, és um camaleão [que engraçado, cama, leão, serás?]
mimetismo puro a maneira como te inseres nas estantes, agradeces,
obrigado, boa tarde
sem aquela solicitude arreganhada do funcionário sôfrego por agradar,
não ao cliente, ao supervisor,
que as paredes escutam.
dizia, a voz sem a solicitude, só calma mas alerta, inteligível qb, pedi-te o último livro da autora tal, saíste-te logo com o nome do volume, encontraste-o e deste-mo, não me deixei impressionar, esta era fácil, chega o João de sobrolho franzido
fobrolho sanzido,
sabe o livro tal,
tu
zumbas
o autor,
ele riposta
[esse se calhar era fácil]
pois, mas uma edição acerca do tal,
tu entendes a linguagem, e na tua forma de parasita intravenoso dos livros respondes plano,
sim,
como uma comparação.
Quem diria, a tua sabedoria de quem vive para, com e entre os livros, para, com e entre
as letras.
Se te perguntasse aposto que me respondias:
sim, também posso recitar Cesariny
e aí eu era uma mulher feliz.
aaww!
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