escrever e apagar
queimar por dentro, enrubescer
ruborizar-me inteira de dentro para fora
perder os sentidos um a um,
o equilíbrio, os equilíbrios todos sem radar
querer descobrir-te letra a letra
os fios os pavios os navios
enlear-me sem me deixar sequer tocar
como pode estar isto a acontecer assim?
as incredulidades não dolentes
dormentes não dolentes
vivas cruas quentes
se ser marioneta é isto
viver esta peça eterna
de quem se começa e não acaba
venha ela. venhas tu. amanhã.
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