não me comoveste especialmente, foram mais os pequenos miúdos recordantes e o tempo e a calma que o tempo preenche.
ninguém coça a barba como tu, de um modo tão cativante. sei a tua face, o osso do maxilar e cada pedaço ruivo da tua cara decor
ainda.
o ainda assim na outra linha.
ninguém me chamou lhi mais vez nenhuma. aqueles quadrados de chocolate apodrecerão comigo
não que isso tenha nada de belo
mas esse último acorde soube a kecskemét e chick corea
inspirado e mais que tudo inspirador
como as duas cabeças quase unidas nos lugares mesmo à minha frente.
deparo-me sempre com esta dúvida: ler-me-ei com facilidade no futuro?
amarei estas letras com a mesma facilidade desprendida com que amo agora?
há pouco soubeste a Ala, à minha [ainda] irmã e a uma progressão que cresceu comigo sem análises, só sempre como
trilha
sonora
nunca ninguém mais me chamou lhi, com o teu de eterna criança grande, melhor, teu eterno, tu eterno, tu também criança grande
uma vez num sítio improvável, sem mais história do que cigarros e barulho, concluíste o que eu não soube ver e que é tão irrelevante
repetitivo?
como a vida
mais mimo que já arranho o papel de o estereótipo resultar
perdidos crianças grandes procurando ou não procurando uma segurança qualquer lá escondida nesta
inserir adjectivo
eu
um clássico para me tirar do mood
para ver se não me distraio
de parecer a misteriosa que não sou
a fingir de mim
a fazer de um cego, a fazer de um monge, a fazer de um rato, a fazer de alguém, a fazer de uma branca, a fazer de um preto, a fazer de zero
é melhor não me reler
o crivo do azul não passa aqui
já chorei hoje aqui sentada.
só para não tossir
quão aflitivo pode ser tudo isto
é este o teu estilo?
todo o mesmo, mas não estanque, pode ser assim.
apanágios.
lembretes disfarçados, e mal
mas lembretes recordocoisos
de quem somos.
10h30, 22h, digo. lugar alguma coisa da fila não sei quê do G.A. da casa Gulb.
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