sábado, 16 de novembro de 2013

Mais uma vez, a transbordar de amor

Por esta cidade
Pelas luzes e pelos prédios
Pelo cheiro a fumo impregnado no meu cabelo
Pela minha avenida
Pela haste frouxa da palmeira do hall
E pelo espelho, o espelho dourado
Pelo olhar compreensivo do Alberto quando lhe digo que não me apetece estar ali
Pelo prazer que sei que o meu pai tem ao fechar o estore por mim, como se eu não conseguisse
Por esta cidade que amo
Com as pessoas todas lá metidas
Num primeiro andar ou somente na calçada
Pode-se transbordar, sim
Transbordar de amor de novo
Por este país, por isto tudo, visto agora
Com olhos de quem vê de fora.

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