segunda-feira, 20 de agosto de 2012

marco geodésico: mais um

Não há nada mais serenamente triste que as últimas tardes de verão no sítio que se ama, que nos faz falta.
Esforço-me por manter o passo, enterro-me na areia fria à sombra de silvados e não olho para os lados com receio de invadir a privacidade bucólica de uma raposa lebre que patinhou o caminho. Cigarras, galeirões, o vento e o mar ensurdecedores.

Ensandeceu, diz-se. Ensandeceu a querer ouvir do mar em búzios cada vez mais pequenos, até à minusculia, lice, laria de um botão.

Sem comentários:

Enviar um comentário