estou a ir
estou a ir, meu..
para o teu Porto.
strength of voice, dizem uns. ou delighted shouts em erótica setecentista escocesa. o que for.
quinta-feira, 29 de março de 2012
domingo, 25 de março de 2012
já lá vai o tempo
em que odiava que me chamassem Laurinha.
'- oh minha estrela!
- eu não sou uma estrela, sou uma Laura!'
'- oh minha estrela!
- eu não sou uma estrela, sou uma Laura!'
quinta-feira, 22 de março de 2012
parabéns para mim, sou maior de idade nos países que me apetecer
20 de Março de 2012 - já não mas quase.
era todos os anos assim, adormecia e acordava com a rapidez inquieta de quem está ansioso.
o dia de não levar a bata preta de botões vermelhos [dia de vestido às borboletas, lembro-me agora], o dia de ir almoçar fora do colégio, o dia que significava saquinhos de gomas e moedas de chocolate na festa do sábado seguinte.
era mais uma boneca, mais uma partitura, mais uma tarte de leite para sobremesa ao jantar.
essa parte mantém-se.
tudo o resto me fugiu entre a vida como este dia me fugiu entre os dedos, maior do que qualquer terça-feira do mês, mas gorda e invisível. uma terça-feira de gelatina transparente, ainda fluida, a escoar-se como areia pelos meus dedos a gritar não me fujas.
se não conseguir ler isto amanhã, é porque se calha não valiam a pena estas letras.
[continuo ansiosa.]
era todos os anos assim, adormecia e acordava com a rapidez inquieta de quem está ansioso.
o dia de não levar a bata preta de botões vermelhos [dia de vestido às borboletas, lembro-me agora], o dia de ir almoçar fora do colégio, o dia que significava saquinhos de gomas e moedas de chocolate na festa do sábado seguinte.
era mais uma boneca, mais uma partitura, mais uma tarte de leite para sobremesa ao jantar.
essa parte mantém-se.
tudo o resto me fugiu entre a vida como este dia me fugiu entre os dedos, maior do que qualquer terça-feira do mês, mas gorda e invisível. uma terça-feira de gelatina transparente, ainda fluida, a escoar-se como areia pelos meus dedos a gritar não me fujas.
se não conseguir ler isto amanhã, é porque se calha não valiam a pena estas letras.
[continuo ansiosa.]
quarta-feira, 21 de março de 2012
Nem sei que dia era, 10 para as 11
Há mesas vazias, mas ela chegou e pediu para ficar na minha. E eu gostei.
Sem pruridos nenhuns, sorriu simples e sentou-se,
café pão integral com manteiga e uma revista.
Respondeu
thank you
quando chegaram.
A minha meia de leite morna e o pastel de nata clarinho
também simpatizaram com ela.
Sem pruridos nenhuns, sorriu simples e sentou-se,
café pão integral com manteiga e uma revista.
Respondeu
thank you
quando chegaram.
A minha meia de leite morna e o pastel de nata clarinho
também simpatizaram com ela.
parabéns laura
cada vez que leio isto verifico se estou no meio de um naipe masculino, ou a falar com um maestro jeitoso.
imaginem o meu ar a ler os mil e vinte e trinta comentários do género no facebook.
vícios gulbenkian.
imaginem o meu ar a ler os mil e vinte e trinta comentários do género no facebook.
vícios gulbenkian.
sexta-feira, 16 de março de 2012
ainda na fanny
Hoje ela disse-me
bonsoir
e eu derreti-me toda, parecia o meu pai se pudesse cruzar-se com ela ali no corredor
uma jovem, sessenta anos em preto acetinado e eyeliner carregado
um sorriso que leva o mundo
uma rouquidão que me leva a mim também
sem extras, sem duplos
só ela.
Jeanne Ardant.
privilégio[s]
[Jeanne, Jeanne.. tu n'est pas seule. Il y a um coro todo aqui atrás derretido com o teu carisma.]
bonsoir
e eu derreti-me toda, parecia o meu pai se pudesse cruzar-se com ela ali no corredor
uma jovem, sessenta anos em preto acetinado e eyeliner carregado
um sorriso que leva o mundo
uma rouquidão que me leva a mim também
sem extras, sem duplos
só ela.
Jeanne Ardant.
privilégio[s]
[Jeanne, Jeanne.. tu n'est pas seule. Il y a um coro todo aqui atrás derretido com o teu carisma.]
quarta-feira, 14 de março de 2012
domingo, 11 de março de 2012
fragmentos de sábado
Não é todos os dias que se vê um americano de dois metros de altura e equivalente em largo a comover-se.
Deus é bom mas o diabo também não é mau.
E sempre, na cabeça, um torvelinho:
Jeanne, jeanne.. tu n'es pas seule. il y a ce peuple en bas que te regarde.
Deus é bom mas o diabo também não é mau.
E sempre, na cabeça, um torvelinho:
Jeanne, jeanne.. tu n'es pas seule. il y a ce peuple en bas que te regarde.
sábado, 10 de março de 2012
arrepiadinha até à ponta
de seja o que for, de tudos o que for, o que fores
incrível como apesar de te ter visto hoje e ter sido tão normal, tão indiferente, habituei-me a estares longe estando longe como me tinha habituado a estares longe estando perto,
e há certas coisas, que fazem um clique qualquer
e volto a sentir aquele frio gélido por dentro como no dia em que me deitaste abaixo de qualquer pedestal e vali menos que qualquer folha amachucada. amachucaste-me como nunca ninguém antes nem depois.
fitter.
happier.
more productive.
sim.
incrível como apesar de te ter visto hoje e ter sido tão normal, tão indiferente, habituei-me a estares longe estando longe como me tinha habituado a estares longe estando perto,
e há certas coisas, que fazem um clique qualquer
e volto a sentir aquele frio gélido por dentro como no dia em que me deitaste abaixo de qualquer pedestal e vali menos que qualquer folha amachucada. amachucaste-me como nunca ninguém antes nem depois.
fitter.
happier.
more productive.
sim.
terça-feira, 6 de março de 2012
Eu sei que a semana acabou de começar
[gosto disto, acabar de começar, antitético qb]
mas estou com a sensação premente de que precisava de bater com a cabeça, com o cotovelo na quina da mesa, de morder a bochecha por dentro, de tropeçar nos meus próprios pés de maneira que só me apetecia andar literalmente com uma perna às costas e todas essas analogias mais ou menos óbvias para recomeçar do zero e me pôr a trabalhar.
listas infindáveis praticamente uma de cada vez, e aprendo tão tarde a começar a riscar itens logo depois de a fazer.
estou mais ou menos preparada, e as coisas parecem de uma cor mais amena apesar de ser segunda-feira.
boa, miúdo!
mas estou com a sensação premente de que precisava de bater com a cabeça, com o cotovelo na quina da mesa, de morder a bochecha por dentro, de tropeçar nos meus próprios pés de maneira que só me apetecia andar literalmente com uma perna às costas e todas essas analogias mais ou menos óbvias para recomeçar do zero e me pôr a trabalhar.
listas infindáveis praticamente uma de cada vez, e aprendo tão tarde a começar a riscar itens logo depois de a fazer.
estou mais ou menos preparada, e as coisas parecem de uma cor mais amena apesar de ser segunda-feira.
boa, miúdo!
sábado, 3 de março de 2012
os mistérios da estatística.
pessoa que me hirquitalliencia na alemanha, quem és tu?
regular o suficiente, a seguir-me os passos, juntando uma pinta de cada vez.
apelo.
regular o suficiente, a seguir-me os passos, juntando uma pinta de cada vez.
apelo.
da música ocidental
comprei um livro em segunda mão. custou me quinze euros, novo praí quarenta.
está assinado. diz-me, porque te desfizeste dele? o que mudou desde 2003, natália?
gastaste as folhas. até aquele bicho entre a capa e o que a protege leu mais do que tu nestes últimos tempos. diz-me.
mudou alguma coisa? a história ficou obsoleta?
diz-me, natália.
está assinado. diz-me, porque te desfizeste dele? o que mudou desde 2003, natália?
gastaste as folhas. até aquele bicho entre a capa e o que a protege leu mais do que tu nestes últimos tempos. diz-me.
mudou alguma coisa? a história ficou obsoleta?
diz-me, natália.
quinta-feira, 1 de março de 2012
krizx.
o que realmente compensa é que
por mais que seja poucas vezes
quando conversamos é a sério
e o apoio é
imenso. imensidão de apoio.
és tu a fazer-me o almoço de amanhã e tu a ires-me buscar o sumo para levar e o guardanapo para me assoar.
pais.
por mais que seja poucas vezes
quando conversamos é a sério
e o apoio é
imenso. imensidão de apoio.
és tu a fazer-me o almoço de amanhã e tu a ires-me buscar o sumo para levar e o guardanapo para me assoar.
pais.
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